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Lophophora williamsii

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Lophophora williamsii, também conhecida como peyote, é uma pequena planta de cacto que pode crescer até cerca de 10 cm de diâmetro e 5 cm de altura. Seu corpo é esférico e achatado, com uma coloração verde-acinzentada e uma textura áspera e rugosa. A planta é coberta por pequenas protuberâncias cônicas, conhecidas como tubérculos, que formam padrões em espiral na superfície do cacto.

No topo da planta, existe um pequeno ápice, chamado de botão floral, que pode crescer até cerca de 2 cm de diâmetro. O botão floral é geralmente branco ou rosa claro, e é coberto por uma penugem de pelos finos e sedosos. Além disso, a Lophophora williamsii possui espinhos curtos e finos, que crescem em grupos de três em cada tubérculo. Esses espinhos têm uma cor amarelo-acastanhada e são geralmente muito pequenos, medindo apenas alguns milímetros de comprimento.

A Lophophora williamsii é uma planta bastante rara e, por causa de suas propriedades alucinógenas, é frequentemente usada em práticas religiosas e rituais de cura em algumas culturas indígenas. A aparência única da planta a torna um objeto de curiosidade para muitas pessoas, e sua beleza natural pode ser apreciada por colecionadores de cactos e jardineiros.

Taxinomia

Lophophora williamsii (Lem.) J.M.Coult.

Alguns dos nomes populares pelos quais a Lophophora williamsii é conhecida incluem peyote, botão de peyote, cacto-mescal, cacto-peyote, cabeça-de-velho, estrela-do-mar, e, em algumas regiões do México, é chamada de hikuli, que é o nome que os índios Huichol dão à planta.

Além disso, a planta é conhecida por vários nomes em línguas indígenas, dependendo da região em que é encontrada, como por exemplo, a planta é chamada de Hikuri pelos índios Tarahumara, e por Wihumana pelos índios Tepehuán.

Existem vários sinônimos para a Lophophora williamsii, que incluem:

  • Anhalonium williamsii
  • Anhalonium lewinii
  • Ariocarpus williamsii
  • Echinocactus williamsii
  • Lophophora diffusa
  • Lophophora fricii
  • Lophophora jourdaniana
  • Lophophora koehresii
  • Lophophora lewinii
  • Lophophora pentagona
  • Lophophora schottii
  • Lophophora viridescens
  • Lophophora lutea
  • Mammillaria lewinii
  • Mammillaria williamsii
  • Oreocereus celsianus var. williamsii

Esses nomes são usados para se referir à mesma espécie de planta, mas podem variar dependendo da fonte e do contexto em que são usados. É importante lembrar que, independentemente do nome usado, a planta é protegida por lei em muitos países, devido ao seu status como espécie ameaçada de extinção e à sua importância cultural e medicinal.

Divisão: Magnoliophyta (angiospermas)
Classe: Magnoliopsida (dicotiledôneas)
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae (cactos)
Gênero: Lophophora
Espécie: Lophophora williamsii

Essa classificação é baseada em características morfológicas e genéticas da planta, e é amplamente aceita pela comunidade científica. O gênero Lophophora inclui apenas duas espécies, Lophophora williamsii e Lophophora diffusa, ambas nativas do México e protegidas por lei em muitos países devido ao seu status como espécies ameaçadas de extinção.

A Lophophora williamsii é nativa do México e do sudoeste dos Estados Unidos, onde cresce em regiões desérticas e semiáridas. A planta é encontrada principalmente nas áreas áridas do norte e do centro do México, incluindo os estados de Chihuahua, Coahuila, Durango, Nuevo León, San Luis Potosí e Zacatecas. Também pode ser encontrada em algumas partes do Texas e do Novo México, nos Estados Unidos.

A Lophophora williamsii é uma planta que cresce naturalmente em solos arenosos e pedregosos, e é adaptada às condições climáticas extremas da região, incluindo altas temperaturas, baixa umidade e pouca água. A planta é uma espécie importante para muitas culturas indígenas do México, que a utilizam em práticas religiosas e medicinais há milhares de anos. Hoje em dia, a planta é amplamente cultivada em muitas partes do mundo, tanto para fins ornamentais quanto para uso medicinal e religioso.

O nome Lophophora williamsii tem sua origem na etimologia grega. O termo “Lophophora” vem da junção das palavras gregas “lophos”, que significa “crista” ou “cume”, e “phoros”, que significa “portador”. Essa denominação faz referência às protuberâncias em forma de crista que se formam na superfície da planta, e que são características distintivas do gênero Lophophora.

Já o termo “williamsii” é uma homenagem a Richard Thomas Archibald Hamilton Williams, um botânico britânico que coletou amostras da planta em 1891, durante uma expedição à região de Chihuahua, no México. Williams foi um dos primeiros botânicos a estudar e descrever a Lophophora williamsii para a ciência ocidental, e é considerado um dos pioneiros no estudo da flora mexicana.

Existem várias variedades reconhecidas da Lophophora williamsii, que são classificadas de acordo com suas características morfológicas, como o tamanho e a forma dos botões florais, a cor das flores e a densidade das espinhosas. Algumas das variedades mais conhecidas incluem:

  • Lophophora williamsii var. caespitosa: uma variedade que produz várias cabeças a partir de uma única raiz, formando aglomerados densos de plantas.
  • Lophophora williamsii var. echinata: caracterizada por ter espinhos mais longos e densos na superfície do botão floral.
  • Lophophora williamsii var. jourdaniana: uma variedade rara que é encontrada apenas em uma área limitada do México, e que apresenta botões florais menores e mais pálidos do que outras variedades.
  • Lophophora williamsii var. texana: uma variedade encontrada apenas no Texas, nos Estados Unidos, e que é caracterizada por ter um formato mais achatado e uma cor mais esverdeada do que outras variedades.
  • Lophophora williamsii var. koehresii: uma variedade que apresenta espinhos mais curtos e finos na superfície do botão floral, e que é encontrada principalmente na região de San Luis Potosí, no México.

Cabe ressaltar que, embora haja diferenças morfológicas entre essas variedades, todas elas são da mesma espécie, a Lophophora williamsii, e têm os mesmos efeitos psicoativos quando consumidas.

Como cuidar da Lophophora williamsii

A planta precisa de bastante luz solar direta, mas é importante evitar exposição direta à luz do sol durante as horas mais quentes do dia, pois isso pode causar queimaduras nas folhas. Se possível, coloque a planta em uma janela voltada para o sul ou sudoeste.

Regue a planta quando o solo estiver seco ao toque. É importante não regar demais, pois isso pode levar ao apodrecimento das raízes. Evite molhar as folhas ou os botões florais, pois isso pode causar manchas e danos.

A Lophophora williamsii prefere solos bem drenados e arenosos, com pH entre 6,5 e 7,5. Certifique-se de que o solo esteja sempre úmido, mas nunca encharcado, pois isso pode levar ao apodrecimento das raízes.

A planta prefere temperaturas entre 18°C e 27°C durante o dia e entre 10°C e 15°C à noite. Evite expor a planta a temperaturas abaixo de 5°C, pois isso pode causar danos.

A Lophophora williamsii não precisa de fertilizante com muita frequência. Aplique um fertilizante para cactos a cada 2 a 3 meses durante o período de crescimento ativo da planta.

A Lophophora williamsii pode ser propagada por sementes ou por enxertia. Aqui estão algumas informações sobre cada método:

  • Propagação por sementes: As sementes da Lophophora williamsii podem ser obtidas a partir de frutos maduros que se formam após a floração. É importante deixar o fruto amadurecer completamente antes de coletar as sementes. As sementes devem ser plantadas em solo bem drenado e úmido, com uma profundidade de cerca de 1 cm. As sementes geralmente germinam em 2 a 4 semanas, mas podem levar até um mês ou mais para germinar. As mudas devem ser mantidas em condições quentes e úmidas, com boa iluminação indireta.

  • Propagação por enxertia: A propagação por enxertia envolve a união de um segmento da Lophophora williamsii com uma outra planta de cacto saudável, que serve como porta-enxerto. O segmento da Lophophora williamsii é cortado com uma faca afiada e esterilizada, e então fixado na planta porta-enxerto. A união é mantida no lugar com um grampo ou fita adesiva e a planta é mantida quente e úmida até que a união seja bem-sucedida. A enxertia é um método mais avançado e requer mais habilidade e conhecimento do que a propagação por sementes.

Lembre-se de que a Lophophora williamsii é uma planta protegida e que a compra, a venda e o cultivo da planta podem ser ilegais em algumas áreas. Verifique as leis locais antes de propagar a planta em casa.

O replante da Lophophora williamsii é recomendado quando a planta está ficando muito grande para o vaso atual ou quando o solo está esgotado e não pode mais fornecer nutrientes suficientes para a planta. Aqui estão algumas dicas sobre como replantar a Lophophora williamsii:

  1. Escolha um vaso maior: O novo vaso deve ser cerca de 2-3 cm maior do que o vaso atual para permitir que a planta cresça. Certifique-se de que o novo vaso tenha boa drenagem.

  2. Prepare o solo: Use solo para cactos e suculentas bem drenado e enriquecido com nutrientes. É importante que o solo seja ligeiramente ácido, com pH entre 6,5 e 7,5.

  3. Retire a planta do vaso antigo: Com cuidado, retire a planta do vaso antigo, tomando cuidado para não danificar as raízes.

  4. Retire o solo antigo: Retire cuidadosamente todo o solo antigo das raízes, sem danificá-las.

  5. Coloque a planta no novo vaso: Coloque a planta no novo vaso e encha com o solo fresco em volta das raízes. Certifique-se de que a planta esteja nivelada e firme no solo.

  6. Regue: Regue a planta gentilmente, permitindo que o solo absorva a água lentamente. Evite encharcar a planta, pois isso pode levar à podridão das raízes.

  7. Deixe a planta se adaptar: Deixe a planta se adaptar ao novo vaso por alguns dias antes de expô-la à luz solar direta.

Lembre-se de que a Lophophora williamsii é uma planta protegida e que a compra, a venda e o cultivo da planta podem ser ilegais em algumas áreas. Verifique as leis locais antes de replantar a planta em casa.

A Lophophora williamsii, também conhecida como peyote, é uma planta psicoativa e contém substâncias alucinógenas como a mescalina. O consumo dessas substâncias pode causar efeitos colaterais e até mesmo intoxicação.

Os efeitos da ingestão da Lophophora williamsii podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da dose e da sensibilidade individual. Os efeitos mais comuns incluem alucinações, náuseas, vômitos, taquicardia, ansiedade, sudorese e aumento da pressão arterial. Em casos mais graves, pode ocorrer delírio, psicose, convulsões e morte.

É importante ressaltar que a Lophophora williamsii é uma planta protegida e que a compra, a venda e o cultivo da planta podem ser ilegais em algumas áreas. Além disso, o uso recreativo da planta é ilegal em muitos países. Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre o uso da Lophophora williamsii, é importante buscar orientação médica e verificar as leis locais antes de adquirir a planta.

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