Portal para amantes de suculentas e cactos

Cereus hildmannianus

0 24

Cereus hildmannianus, também conhecida como Cereus do Hildmann, é uma espécie de cacto de porte médio a grande que pertence à família Cactaceae. Essa planta é nativa da América do Sul, mais especificamente das regiões do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. A seguir, descreverei em detalhes a aparência dessa espécie.

A Cereus hildmannianus apresenta um caule colunar de cor verde-acinzentado, que pode crescer verticalmente e alcançar alturas impressionantes. Seu caule é segmentado em nervuras profundas e distintas, que podem se estender ao longo de todo o comprimento da planta. Essas nervuras fornecem suporte estrutural ao cacto e também contêm espinhos.

Os espinhos da Cereus hildmannianus são curtos, finos e afiados. Eles geralmente estão dispostos em grupos ao longo das nervuras, formando uma espécie de linha ao longo do caule. A cor dos espinhos varia de branco a amarelado, proporcionando um contraste agradável com o verde do caule.

Uma das características mais marcantes da Cereus hildmannianus são suas flores. Elas são grandes, vistosas e noturnas, desabrochando principalmente durante os meses mais quentes. As flores têm formato de funil e podem atingir cerca de 20 centímetros de comprimento. Elas apresentam pétalas brancas ou creme, que podem ser suavemente rosadas em suas extremidades. O centro da flor é preenchido com numerosos estames amarelos, que conferem um aspecto vibrante e exuberante.

Além disso, a Cereus hildmannianus pode desenvolver frutos em forma de bagas ovais ou redondas, de cor verde no início e que amadurecem para um tom avermelhado. Esses frutos são comestíveis, embora sejam pouco consumidos em comparação com outras espécies de cactos.

Em resumo, a Cereus hildmannianus é um cacto impressionante, com um caule colunar verde-acinzentado, nervuras profundas e espinhos brancos ou amarelados. Suas flores noturnas são grandes, com pétalas brancas ou creme e estames amarelos. Essa combinação de características torna essa espécie uma planta ornamental atraente para jardins e coleções de cactos.

Taxinomia

Cereus hildmannianus K. Schum

A Cereus hildmannianus possui alguns nomes populares em diferentes regiões. Alguns dos nomes pelos quais essa espécie é conhecida incluem:

Cacto brasileirinho
Cereus do Hildmann
Cacto-hidra
Cacto-lira
Cacto-melancia
Cacto-monstro
Cereus-monstro
Cereus escalonado
Cereus colunar
Cacto-pipe organ (em inglês)
Cacto de la reina (em espanhol)

Esses nomes populares podem variar dependendo da região e da cultura local, mas são amplamente utilizados para se referir à Cereus hildmannianus.

A Cereus hildmannianus também possui alguns sinônimos botânicos, que são nomes científicos alternativos pelos quais a planta pode ser conhecida. Alguns sinônimos da Cereus hildmannianus são:

Cereus hildmannianus subsp. Xanthocarpus
Piptanthocereus forbesii var. Bolivianus
Brachycereus nesioticus
Brachycereus thouarsii
Cactus anormal
Cactus monstruoso
Cereus anormal
Cereus bonariensis
Cereus calvescens
Cereus curvispinus
Cereus hildmannianus subsp. Xanthocarpus
Cereus milesimus
Cereus monstrosus
Cereus monstrosus var. Menor
Cereus monstruosus
Cereus neonesioticus
Cereus neonesioticus var. Interior
Cereus nesioticus
Cereus pentagonus
Cereus peruvianus var. Brasiliensis
Cereus peruvianus var. com cristatus
Cereus peruvianus var. Monstruosus
Cereus peruvianus var. Ovicarpus
Cereus peruvianus var. Persicinus
Cereus peruvianus var. Proferrens
Cereus peruvianusvar. Reclinatus
Cereus xanthocarpus
Piptanthocereus neonesioticus
Piptanthocereus neonesioticus var. Interior
Piptanthocereus validus
Piptanthocereus
Cereus peruvianus var. hildmannianus
Cereus jamacaru var. hildmannianus
Cereus hildmannianus var. rosei
Cereus rosei
Cereus validus var. hildmannianus
Cereus uruguayanus var. hildmannianus

Esses sinônimos são utilizados para referir-se a variedades específicas da espécie Cereus hildmannianus, com algumas variações morfológicas ou distribuição geográfica específica.

A classificação científica da Cereus hildmannianus é a seguinte:

Reino: Plantae (Plantas)
Divisão: Magnoliophyta (Plantas com flores)
Classe: Magnoliopsida (Dicotiledôneas)
Ordem: Caryophyllales (Cariofiláceas)
Família: Cactaceae (Cactos)
Gênero: Cereus
Espécie: Cereus hildmannianus

Portanto, o nome científico completo da Cereus hildmannianus é Cereus hildmannianus. É importante ressaltar que existem algumas variações e sinônimos dentro do gênero Cereus, mas Cereus hildmannianus é o nome científico mais comumente aceito para essa espécie específica de cacto.

A Cereus hildmannianus é nativa da América do Sul, sendo encontrada em várias regiões do continente. Sua distribuição natural abrange principalmente países como Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.

No Brasil, a Cereus hildmannianus é encontrada em diferentes estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ela é comumente encontrada em áreas de cerrado, matas ciliares e encostas de morros.

No Paraguai, a espécie é encontrada em diversas regiões do país, desde a região central até a região do Chaco paraguaio. Na Argentina, a Cereus hildmannianus pode ser encontrada nas províncias de Misiones, Corrientes e Entre Ríos, bem como em outras áreas do nordeste do país.

Além disso, a Cereus hildmannianus também pode ser encontrada no Uruguai, principalmente em regiões como o departamento de Rocha e áreas adjacentes.

Sua ampla distribuição na América do Sul reflete a adaptabilidade dessa espécie de cacto em diferentes condições climáticas e ambientais dessas regiões.

A etimologia do nome Cereus hildmannianus tem suas raízes no latim e na homenagem a uma pessoa. Aqui está a explicação:

Cereus: O termo “Cereus” vem do latim e significa “vela” ou “círio”. É uma referência à semelhança do formato colunar do cacto com uma vela.

Hildmannianus: O epíteto específico “hildmannianus” é uma forma derivada do nome de uma pessoa, provavelmente em homenagem ao botânico ou colecionador de plantas que contribuiu para a identificação e descrição da espécie. O sufixo “-ianus” é usado para indicar a dedicação ou associação com uma pessoa específica.

No entanto, a origem exata do nome “hildmannianus” não pôde ser encontrada nos registros disponíveis. É possível que faça referência a um indivíduo chamado Heirinch Hildmann, um comerciante e especialista alemão em cactos, mas não há informações suficientes para confirmar isso com certeza.

A nomenclatura científica, incluindo o nome específico, é atribuída pelos botânicos responsáveis pela descrição e classificação da espécie, e esses nomes são estabelecidos de acordo com as regras e convenções da taxonomia botânica.

A Cereus hildmannianus possui algumas variedades e híbridos que foram desenvolvidos ao longo do tempo. Aqui estão alguns exemplos:

1. Cereus hildmannianus ‘Monstrose’: Esta é uma variedade de Cereus hildmannianus que apresenta um crescimento anormal, com ramificações e formações de caules irregulares e enrugados. É comumente chamada de “Cereus hildmannianus monstro” devido à sua aparência distorcida e única.

2. Cereus hildmannianus ‘Rosei’: Essa variedade é conhecida por suas flores rosa ou rosadas. As pétalas das flores têm uma tonalidade rosada, adicionando um toque de cor diferente em comparação com as flores brancas ou creme da espécie típica.

3. Cereus hildmannianus  subsp. uruguaio

Quanto aos híbridos, é importante destacar que a Cereus hildmannianus pode ser cruzada com outras espécies de cactos, resultando em híbridos interessantes. No entanto, a informação específica sobre híbridos envolvendo a Cereus hildmannianus é limitada devido à escassez de registros disponíveis.

Os híbridos de cactos geralmente ocorrem por meio de cruzamentos controlados realizados por cultivadores e entusiastas de cactos. Essas criações híbridas visam combinar características desejáveis de diferentes espécies para obter novas variedades com características únicas, como flores de cores diferentes, padrões de espinhos distintos ou formas de caules únicas.

É importante observar que a criação de híbridos de cactos requer conhecimento especializado e cuidados adequados para garantir o sucesso e a saúde das plantas resultantes.

Como cuidar da Cereus hildmannianus

A Cereus hildmannianus precisa de bastante luz solar direta para um crescimento saudável. Portanto, escolha um local onde ela possa receber pelo menos algumas horas de sol direto por dia. Um ambiente externo ensolarado ou próximo a uma janela ensolarada são opções ideais.

Essa espécie de cacto é tolerante à seca e prefere solos ligeiramente secos. Portanto, permita que o solo seque completamente antes de regar novamente. Evite regar em excesso, pois o acúmulo de água no solo pode causar apodrecimento das raízes. Durante o período de dormência no inverno, reduza ainda mais a frequência de rega.

Utilize um substrato próprio para cactos e suculentas, que seja bem drenado e poroso. Isso ajudará a evitar o acúmulo de umidade ao redor das raízes. Adicionar areia grossa ou perlita ao solo também pode melhorar a drenagem.

Essa planta é resistente ao calor e pode tolerar temperaturas elevadas. No entanto, é sensível a geadas e baixas temperaturas. Proteja a planta de temperaturas abaixo de 10°C, fornecendo proteção adequada ou levando-a para um ambiente mais protegido.

A Cereus hildmannianus não requer fertilização frequente. Durante a estação de crescimento ativo, você pode fornecer um fertilizante balanceado diluído em água, seguindo as instruções do fabricante. Evite fertilizar durante o período de dormência

A Cereus hildmannianus pode ser propagada por meio de sementes ou estacas de caule. A propagação por estacas é mais comum e consiste em cortar um pedaço do caule e deixá-lo secar e cicatrizar por alguns dias antes de plantá-lo em solo adequado para cactos.

O replantio da Cereus hildmannianus é recomendado quando a planta atinge um tamanho que excede o vaso atual ou quando o solo se torna compacto e pouco drenável. Aqui estão algumas orientações para o replantio:

1. Escolha do vaso: Selecione um vaso com furos de drenagem no fundo para permitir a saída do excesso de água. Certifique-se de que o vaso seja ligeiramente maior do que o atual, proporcionando espaço para o crescimento das raízes.

2. Preparação do solo: Utilize um substrato específico para cactos e suculentas, que seja bem drenado. Você pode adicionar areia grossa, perlita ou pedriscos ao substrato para melhorar a drenagem. Evite solos pesados ou que retenham água em excesso, pois isso pode levar ao apodrecimento das raízes.

3. Remoção da planta do vaso atual: Com cuidado, retire a Cereus hildmannianus do vaso atual, segurando o caule principal e apoiando a base da planta. Se as raízes estiverem compactas, você pode suavemente soltá-las com os dedos ou usar uma ferramenta adequada.

4. Inspeção das raízes: Verifique o estado das raízes, removendo quaisquer partes mortas, apodrecidas ou danificadas. As raízes saudáveis devem ter uma cor branca ou creme. Se houver raízes doentes, corte-as com uma tesoura limpa e afiada.

5. Plantio no novo vaso: Coloque uma camada de substrato no fundo do novo vaso e posicione a Cereus hildmannianus sobre ele, certificando-se de que a planta esteja na altura correta em relação à borda do vaso. Preencha o restante do vaso com substrato, pressionando-o levemente ao redor das raízes para fixar a planta.

6. Primeira rega: Após o replantio, regue suavemente o solo ao redor da planta, permitindo que a água seja absorvida pelo substrato. Evite encharcar o solo e certifique-se de que a água esteja drenando adequadamente pelos furos de drenagem do vaso.

7. Cuidados posteriores: Nos primeiros dias após o replantio, evite expor a planta diretamente à luz solar intensa para evitar o estresse. Após algumas semanas, você pode retomar os cuidados regulares, incluindo rega adequada e exposição adequada à luz solar.

Lembre-se de que o replantio deve ser realizado com cuidado para evitar danos às raízes. É recomendado realizar o replantio na primavera ou no início do verão, quando a planta está em seu período de crescimento ativo.

A Cereus hildmannianus é uma espécie de cacto nativa do Brasil e conhecida popularmente como “cacto-mandacaru”. Embora o cacto-mandacaru não seja conhecido por ser extremamente tóxico, é importante ter precauções ao lidar com qualquer planta desconhecida ou potencialmente tóxica.

Os cactos em geral possuem espinhos afiados que podem causar irritação, lesões físicas e reações alérgicas em algumas pessoas. É recomendado manusear essas plantas com cuidado, usando luvas ou algum tipo de proteção adequada para evitar ferimentos causados pelos espinhos.

No entanto, é importante ressaltar que nem todas as espécies de cactos possuem componentes tóxicos em seu interior. No caso da Cereus hildmannianus, não há informações consistentes disponíveis sobre sua toxicidade específica. É sempre recomendável fazer pesquisas adicionais ou consultar especialistas em plantas antes de utilizar qualquer espécie de planta para fins medicinais, ornamentais ou culinários.

Se houver suspeita de ingestão acidental ou exposição a qualquer parte da planta, é aconselhável entrar em contato com um centro de controle de intoxicação ou buscar assistência médica imediatamente. Essas instituições estão preparadas para fornecer orientações adequadas e informações sobre as plantas envolvidas.

Em suma, embora não haja evidências significativas de toxicidade da Cereus hildmannianus, é sempre melhor tomar precauções ao lidar com plantas desconhecidas e, se necessário, buscar orientação especializada.

Galeria de fotos

Vídeo

Ajude o site a crescer

Você tem uma suculenta ou cactos desta espécie e gostaria de ver ela ilustrando esse artigo? Envie fotos da planta pelo nosso formulário clicando abaixo ou envie para o email contato@suculentasecactos.com.br

Compartilhe esse artigo
através do código QRCode

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.